Os conhecidos componentes navais vistos nos jogos anteriores da série foram aprimorados em Assassin's Creed Rogue. Uma série de novas armas, tanto para uso em terra como no mar, podem ser usadas para derrotar os assassinos, assim como o navio chamado Morrigan. Falando em componentes navais as viagens em Rogue apresentam mais variedade graças aos diversos tipos de cenários presentes, que vão de grandes extensões a locais estreitos, onde a navegação flui bem em qualquer um deles.
Navegar por águas gélidas com presença de icebergs tornam as coisas um pouco mais ameaçadoras. Quando o gelo se parte ondas enormes vêm em direção ao nosso navio e pode dificultar o controle por um período de tempo. No geral as batalhas navais continuam sendo um ponto forte no jogo, ainda mais quando sua vida está em risco e você deve defender seu navio ao invés de saquear outras embarcações. O Morrigan pode ser atualizado com novas armas e isso também muda a forma dos confrontos. É possível afundar um navio inimigo rapidamente dependendo do seu arsenal disponível.
Em terra firme Shay Patrick Cormac também possui um arsenal de armas bem diferenciado, como uma arma que dispara diversos tipos de flecha e um lançador de granadas rudimentar que é muito útil para derrubar inúmeros inimigos. Os combates corpo-a-corpo são desafiadores em alguns momentos, mas nossa maior dificuldade será evitar os ataques de armas de fogo. Assassin's Creed Rogue deixa claro que trouxe consigo os pontos fortes dos capítulos anteriores em termos de jogabilidade e também oferece um enredo elaborado ao redor de antigos personagens, mas um enredo que mais uma vez apresenta problemas.
Durante nossa jornada a história é entrelaçada para tentar fechar todos os ponto que ficaram abertos com o objetivo de completar a trilogia da América do Norte, depois de Assassin's Creed II e Assassin's Creed IV: Black Flag. No entanto, essa tentativa de fechar a trilogia nos oferece muitos objetivos sendo feito às pressas e isso pode comprometer o conteúdo do jogo.
Shay é um personagem que dispensa qualquer tipo de explicação ou razão para fazer algo no jogo. Dentro da irmandade de assassinos, parece que não existe um motivo real para sua missão. Shay é apenas alguém que tem experiência e competência para fazer o que precisa ser feito. Além disso, o próprio jogo parece apressar os encontros, confrontos e missões, deixando pouco espaço para que a trama se desenrole de uma maneira mais adequada. São tantas coisas para serem resolvidas neste capítulo que um encontro que poderia ser épico acaba sendo sem graça.
Talvez a única queixa seja a falta de inspiração no desenrolar da história, apesar do jogo oferecer uma boa premissa. Porém a história não é a única maneira para se divertir em Assassin's Creed Rogue e como não poderia faltar, no decorrer da campanha podemos realizar diversos objetivos secundários e também alguns mini-jogos disponíveis em tabernas. Existe realmente muita diversão aqui, principalmente em relação as batalhas navais, que mantém o equilíbrio do jogo e que continua sendo algo prazeroso de executar mesmo com o passar do tempo.
Se o objetivo da Ubisoft é mesmo finalizar sua franquia na antiga geração, fica a dúvida, mas AC: Rogue mostra que a série ainda tem fôlego nos oferecendo um jogo com gráficos bem construídos, seja na elaboração dos cenários, ou dos personagens. Se você gostou de Black Flag, pode ter certeza que aqui existe ainda muita água para ser navegada e mesmo com o lançamento de Assassin's Creed Unity na nova geração, Rogue é um título que merece sua atenção.
Créditos: Brasil Gamer
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