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Análise | The Last of Us: Remastered


Quando The Last of Us chegou ao PS3, o jogo confirmou todo o hype criado pela Naughty Dog. É um jogo fantástico que nos faz refletir sobre diversas prioridades da vida, onde o verdadeiro relacionamento humano é testado e o medo de estar isolado e sozinho, é constante.

Agora o jogo ganha uma versão remasterizada para o PlayStation 4 e promete melhorar ainda mais uma experiência que já é um marco na indústria dos jogos. Mas como? Simples... oferecendo o mesmo jogo com uma resolução a 1080p com uma série de atualizações, incluindo modelos de personagens em alta resolução, melhorias nas sombras, iluminação, texturas, e muito mais.

Se você acha que os gráficos da versão para PS3 são de cair o queixo, prepare-se para segurar a boca, porque The Last of Us: Remastered impressiona um pouco mais. O controle da câmera e da mira estão mais ágeis graças aos 60fps. A qualidade da iluminação está muito melhor, com mais detalhes na sombra. Os personagens Joel e Ellie também receberam mais atenção, com texturas em alta resolução, permitindo que possamos notar com clareza qualquer sujeira presente em suas roupas. A jogabilidade permanece a mesma, porém a sensação de resposta dos comandos está realmente melhor. Uma mudança perceptível está nos gatilhos L2 e R2 que agora controlam a mira e o disparo, mas isso não é um problema, pois é possível optar pelos clássicos L1 e R1, se preferir.

Para quem vai enfrentar a jornada de Joel e Ellie pela primeira vez, o jogo conta a história de dois personagens, Joel e Ellie, que se deparam com um local dominado por uma epidemia desconhecida que faz com que as pessoas infectadas sofram mutações e se tornem uma espécie de zumbi. Joel tem então a missão de levar Ellie para o outro lado da cidade, mas essa tarefa não será nada fácil.

Aqui podemos dizer que temos um homem com um passado angustiante de coração duro, que está de alguma forma ligado a uma garota indefesa, que que nunca conheceu o mundo antes da infecção e não sabe o verdadeiro significado das palavras família, amor e carinho. Esses lados opostos no jogo irão se chocar várias vezes, mas um dependerá sempre do outro para continuar essa jornada. Dessa forma, a Naughty Dog, ao contrário do que conhecemos de outros jogos como Uncharted, por exemplo, insere The Last of Us em um jogo com menos espetáculo e ação constante, para um título onde a natureza e a raça humana representam a verdadeira essência.


Sendo assim, como acontece com qualquer pessoa que esteja ao lado de outra por livre e espontânea pressão, é comum que o silêncio tome conta do jogo as vezes, dando destaque a sons de pássaros cantado em meio as árvores e cães latindo a distância. Isso realmente é a grande sacada da jornada de Joel e Ellie, duas pessoas que não se conhecem, mas que ao longo do caminho vão mudando a forma como isso é conduzido e, principalmente seus pensamentos em relação ao outro.

O domínio da natureza é evidente em todos os momentos, fazendo com que a cidade apresente construções em ruínas tomadas pela vegetação e ao mesmo tempo deixando claro, que o perigo é sempre iminente. Mas por outro lado temos também pessoas em jogo, sobreviventes que vão matar para não serem mortos e até mesmo caçar para saciar sua fome. Uma situação que Joel e Ellie terão que enfrentar independente das circunstâncias e, há qualquer momento.

A jogabilidade entra como uma parte importante de The Last of Us, que apesar de simples é completamente eficaz com elementos de survival horror e ação furtiva. Para um jogo que leva em torno de 15 horas para ser completado, nunca tivemos a sensação de estar a frente de algo monótono ou chato. O jogo foi pensado e baseado em detalhes para inserir o jogador em um ambiente harmonioso e realmente encantador.

Claro que temos momentos de tensão e adrenalina. Em casos de fugas dramáticas de humanos ou infectados, a ação é contagiante e logo é substituída por ambientes de exploração, diálogos e até mesmo caminhadas angustiantes por hordas de infectados cegos, que estão atentos ao menor ruído. Quem decidir explorar o jogo de uma forma mais rígida vai encontrar diversos objetos como recompensa, além de medalhas e páginas de diários de pessoas que estiveram pelos locais ao qual estão agora Joel e Ellie.

Porém The Last of Us vai além de um simples jogo de ação, ele vai levar nossos nervos ao extremo. Em determinados locais conseguiremos apenas ouvir uma respiração funda, mas como o ambiente está sem iluminação, não sabemos ao certo o que está a nossa espreita até que nossa lanterna possa revelar o verdadeiro perigo. Além disso, em outros momentos nos sentimos verdadeiramente perdidos, sem saber pra onde ir e o que fazer. Tudo para levar o jogador a uma imersão imediata, onde seus instintos de sobrevivência vão falar mais alto.

Podemos também optar pelo modo de escuta furtiva. Assim Joel pode se concentrar em ouvir tudo ao seu redor, identificando com precisão as posições dos seres humanos infectados, até mesmo atrás de paredes mais espessas. Tanto sua habilidade de escuta pode ser melhorada como também suas armas. Tudo utilizando objetos encontrados pelo caminho ou bisbilhotando os locais por onde passa, vistoriando mesas e gavetas, por exemplo.


Sobre o multiplayer de The Last of Us: Remastered, a Naughty Dog disse recentemente em uma entrevista que com o jogo rodando em 1080p e 60 fps tudo foi melhorado.

"O poder do PS4 e alguns engenheiros talentosos que nós temos foram responsáveis por melhorar significativamente os tempos de load," segundo Erin Daly. Já Quentin Cobb disse o seguinte: "Na jogabilidade, nós fizemos alguns ajustes importantes. Os troféus do mapa do DLC exigem agora cinco penas ou execuções, e mortes não importam. Nós adicionamos 18 dicas novas para novos jogadores. Se você é um jogador novo, você vai começar com nove pontos loadout em vez de oito. Você vai chegar ao máximo em 13 pontos de loadout mais cedo como resultado. Todos os nossos 15 mapas estão na lista de reprodução para que um grupo de jogadores se consolide. Isso significa matchmaking mais rápido e que você vai ter uma variedade maior de mapas em cada playlist."

Além disso, a Naughty Dog avança dizendo que com o fps mais alto a jogabilidade melhora drasticamente e faz disparar com maior precisão, fazendo com que o jogo no geral seja muito mais ágil e preciso. Para finalizar é claro que novos conteúdos em DLC chegarão em breve.

Realmente The Last of Us: Remastered é um título que vai agradar a todos, seja você alguém que já teve a oportunidade de joga-lo no PS3, ou não. O jogo vem totalmente localizado em português, com áudio e legendas. Também conta com a expansão single player Left Behind (leia a análise), os oito mapas multiplayer Abandoned e Reclaimed Territories, além de comentários do elenco e do diretor criativo do jogo.

NOTA FINAL: 10/10

Créditos: BrasilGamer
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Audrey Santos

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