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Resenha | ''A Quinta Onda'' por Livy


Depois da primeira onda, só restou a escuridão. Depois da segunda onda, somente os que tiveram sorte sobreviveram. Depois da terceira onda, somente os que não tiveram sorte sobreviveram. Depois da quarta onda, só há uma regra: não confie em ninguém. Agora inicia-se A QUINTA ONDA. No alvorecer da quinta onda, em um trecho isolado da rodovia, Cassie foge deles. Os seres que parecem humanos, que andam pelo campo matando qualquer um. Que dispersaram os últimos sobreviventes da Terra. Cassie acredita que, estar sozinho é estar vivo, até que conhece Evan Walker. Sedutor e misterioso, Evan Walker pode ser a única esperança de Cassie para resgatar seu irmão — ou até a si mesma. Mas Cassie deve escolher entre a esperança e o desespero, entre a rebeldia e a entrega, entre a vida e a morte. Entre desistir ou contra atacar.

A 5ª Onda é simplesmente um livro fantástico. Arrisco a dizer que é o melhor livro que li, até o momento, neste ano! Nem tenho palavras para descrever minha empolgação! Esta não é apenas mais uma distopia, mas a distopia, além de ser um excelente livro de ficção científica. O assunto abordado: alienígenas. O fim do mundo como o conhecemos!

A Quinta Onda está começando...

Há algum tempo não sabia o que era amar uma história verdadeiramente. Apesar da diversidade literária que tenho apreciado e dos diversos livros lidos, dos quais realmente gostei muito, A 5ª Onda entra em um patamar totalmente diferente. Este livro não só alcançou todas as minhas expectativas, como as pegou pela mão, jogou na parede, e olhando nos meus olhos riu da minha cara. Sim, porque este livro as superou. Não tenho como falar da história de Rick Yancey sem entusiasmo. É humanamente impossível (desculpem o trocadilho rs). 

Em primeiro lugar, se tratando da história, Yancey simplesmente é impecável na arte de prender e chamar a atenção. Minha mãe que o diga, já que ela me viu o tempo todo suspirando, arregalando os olhos, falando sozinha, socando o ar, pulando do sofá, franzindo a sobrancelha, e fazendo mil e uma caretas. Isso porque eu me envolvi tanto com a trama, os personagens e a história que parecia fazer parte do livro, e o livro parte de mim. E porque Yancey me prendeu e me ganhou. Foi uma dor imensa terminá-lo.

A primeira regra para sobreviver à 4ª Onda é não confiar em ninguém, não importa qual a sua aparência. Os Outros são muito espertos nessa questão - certo, eles são espertos em tudo. Não importa se eles têm  o aspecto correto, digam as coisas certas e façam exatamente o que você espera que façam. [...] Isso é assustadoramente diabólico. Esse dilema nos dilacera. Ele facilita em muito a tarefa de nos caçar e erradicar. A 4ª Onda nos obriga à solidão. Somos minoria, enlouquecemos lentamente devido ao isolamento, ao medo e à terrível expectativa pelo inevitável. págs. 14 e 15

Os alienígenas estão entre nós. Eles são os Outros. Mas esqueça aqueles seres de olhos esbugalhados e verdes. Estes não são os nossos alienígenas. Os que vemos aqui são muito mais perigosos, pois eles têm a sua aparência. Eles sabem o que pensamos, como agimos e antecipam nossos passos. Eles são nós. E Cassie vive neste mundo pós-apocalíptico infestado de alienígenas. Ela não pode confiar em ninguém. Aliás, no que lhe diz respeito, ela pode ser a última pessoa viva na terra.

Imagino que haja muita coisa parecida com isso: cidades abandonadas cheirando a esgoto e corpos em decomposição, casas incendiadas de que sobraram apenas as paredes, cães e gatos selvagens, engavetamentos de veículos que se estendem por quilômetros na rodovia. E corpos. Muitos e muitos corpos. pág. 20

Sua única certeza e motivação é de que precisa sobreviver, precisa ser a resistência neste mundo assolado pela morte e devastação causados pela Chegada dos E.T's. E precisa encontrar seu irmão, Sammy, que foi levado. Mas todas as suas ideias do que é seguro e certo mudam quando encontra Evan, um rapaz do interior, misterioso e perigosamente bonito, que a ajuda quando ela mais precisa. Será que pode confiar neste estranho? Também conhecemos Ben Parish, ou melhor, Zumbi. O rapaz, assim como Cassi tem que enfrentar este mundo aterrador, e encontra sua força onde menos espera.

Com personagens memoráveis e extremamente cativantes, Yancey constroi uma história de tirar o fôlego. Eu amei Cassie e Ben, e eles sem dúvida são ótimos exemplos de força e determinação que um ser humano pode ter em situações de adversidade. A narrativa fica por conta destes dois personagens (e uma parte pela visão de Sammy e Evan), alternando as visões de ambos e as situações que enfrentam, até o momento do derradeiro fim. Também fiquei extasiada com a personalidade marcante, destes e outros personagens. Eles nunca desistem, sempre seguindo em frente, mesmo feridos e com os corações partidos pela devastação e perda ao seu redor. Pois não são os fracos que sobreviveram, mas sim os fortes. A resistência. A força da humanidade. Aqueles que mesmo de joelhos lutarão.

Porque, se eu for a última, então eu sou a Humanidade.
E se essa for a última guerra da Humanidade, então eu sou o campo de batalha.
pág. 88

Este livro é perfeito! E sem dúvida é uma das melhores distopias que já tive oportunidade de ler. Cheio de ação e aventura (e até mesmo romance) ininterruptas do início ao fim desta trama extremamente muito bem elaborada, e meticulosamente construída. Cada detalhe não é apenas mais um mero detalhe, mas sim uma peça fundamental para o desenvolvimento dos personagens, história e clima do livro. A cada linha lida eu ansiava por mais, e a cada página virada eu me surpreendia com um fato ou uma revelação da qual eu nem imaginava. Aliás, este foi um dos fatores que me fez gostar (amar) tanto do livro: me surpreender! Yancey consegue, com maestria, conduzir cada detalhe e me enfeitiçou. É incrível como as palavras têm o poder de nos transformar ou devastar, e o autor consegue esta façanha.

Aliás, se você espera encontrar um livro cheio de meios termos e morno... Pare aqui! A história é intensa, cheia de tensão e vivacidade! Com ótimas cenas de luta, ação e muito sangue. Muito sangue! E perdas. Uma verdadeira guerra pela sobrevivência. Nosso planeta se tornou um campo de batalha.

Não consegui largar o livro até chegar ao final, e quando acabou simplesmente me senti perdida. Eu quero e preciso de mais. Estou muito ansiosa pela continuação desta trilogia. Se eu posso dizer algo a respeito deste livro é: Super recomendado! Leia! Favoritado, com certeza!

- Entendi tudo errado - Evan continua. - Antes de achar você, pensei que a única forma de me manter inteiro era encontrando um motivo para viver. Não é assim. Para continuar inteiro, é preciso encontrar alguma coisa pela qual se está disposto morrer. pág. 228

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Audrey Santos

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