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Resenha | ''Eu sou o Número Quatro'' por Livy

Imagem do site Estante de Tudo

Eu sou o Número Quatro é o primeiro volume da série Os Legados de Lorien, idealizada por James Frey, autor do polêmico Um milhão de pedacinhos, e escrita em coautoria com Jonie Hughes sob o pseudônimo de PITTACUS LORE — o ancião de Lorien a quem foi confiada a história dos Nove.

"Nove de nós vieram para cá. Somos parecidos com vocês. Falamos como vocês. Vivemos entre vocês. Mas não somos vocês. Temos poderes com os quais vocês só podem sonhar. Somos mais fortes e mais rápidos que qualquer coisa que já viram. Somos os super-heróis que vocês idolatram nos filmes — mas somos reais.

Nosso plano era crescer, treinar, nos tornar mais poderosos e nos unir, para então enfrentá-los. Porém, eles nos encontraram antes. E começaram a nos caçar. Agora, estamos fugindo.
 O Número Um foi capturado na Malásia.
O Número Dois, na Inglaterra.
E o Número Três, no Quênia.
Eu sou o Número Quatro.
Eu sou o próximo."



Cuidado: Esta resenha pode conter spoilers

Os eventos neste livro são reais.
Nomes e lugares foram modificados para proteger os seis lorienos, que contiuam escondidos.
Considerem isso como um primeiro aviso.
Outras civilizações existem.
E algumas querem destruir vocês. 

O livro conta a estória de nove pequenos lorienos que fogem de seu planeta, Lorien, rumo à Terra para escapar da eminente destruição de seu planeta, e assim, futuramente, poder salvá-lo quando seus Legados (poderes inimagináveis, como telecinesia, resistência ao fogo, invisibilidade, etc) estiverem desenvolvidos e eles estiverem crescidos e fortes. Uma magia lórica os protege, impedindo que sejam mortos aleatoriamente. Ou seja: os mogadorianos apenas podem os matar em ordem crescente, do Número Um em diante. Os lorienos se escondem em nosso planeta, mas nem tudo é tão fácil quanto parece. Afinal, os mogadorianos não irão desistir enquanto não conseguirem o que mais querem: destruir todos os remanescentes de Lorien, os nove poderosos lorienos, a última esperança. 

- Esperança? - ele diz. - Sempre há esperança, John. Novos acontecimentos ainda são aguardados. Nem toda informação já foi divulgada. Não. Não perca a esperança, ainda. Ela é a última coisa que se vai. Quando você a perde, já perdeu tudo. E quando você pensa que tudo está perdido, quando tudo é sinistro e sombrio, sempre há esperança. 

O livro começa com aventura e a morte de um dos lorienos: o Número Três. Agora o Número Quatro será o próximo a ser caçado pelos mogadorianos. Ele e Henri, seu Cêpan e protetor, têm que fugir constantemente, se escondendo e apagando seus rastros, assim que qualquer sinal de que sua existência tem perigo de ser exposta e revelar sua verdadeira identidade. Por isso eles levam pouca bagagem (entre seus pertences há uma arca lórica que contém segredos que serão revelados apenas quando os Legados do Número Quatro estiverem se desenvolvendo), e passam despercebidos aonde quer que estejam. Eles também não podem ter vínculo com nenhum ser humano (além do necessário, claro), o que colocaria em risco seu modo de viver e se esconder.
Assim que um incidente ameaça revelar a identidade do Número Quatro, o expondo, ele e Henri se mudam para Paradise, Ohio. Lá eles passam a ser John e Henri Smith. Mas claro, eles não poderão fugir por muito tempo.

Nunca mais verei ninguém que conheci ali. Nunca mais vou falar com nenhum deles. E nunca saberão o que sou ou por que parti. 

Assim que o livro foi lançado nos Estados Unidos eu fiquei super ansiosa para lê-lo. Minha curiosidade atingiu níveis altíssimos e quando eu soube que a Editora Intrínseca iria lançar o livro aqui no Brasil, eu pirei. Literalmente!  
Eu gostei muito do começo do livro, realmente, é de tirar o fôlego. A estória é desenvolvida de forma ágil e fácil de ler, com uma narrativa empolgante. Também gostei do foco ambiental abordado no livro, mostrando que nós estamos matando nosso planeta aos poucos. 

Os personagens têm vida e seus vínculos têm significado. Aliás, eu gostei muito da relação pai-filho entre John e Henri. Henri (meu personagem preferido) mostra ser um personagem determinado, protetor e muito sábio, colocando sua vida em segundo plano, totalmente disposto a treinar, educar e proteger John em sua jornada. Ele é mais que um Cêpan, é um pai e amigo, um protetor sem igual.  
John também não me decepcionou. Ele é um garoto forte, persistente e corajoso, que jamais desiste daquilo em que acredita. De certa forma ele ainda não entende a gravidade da situação, até que seus Legados surgem e ele tem a capacidade de  "ver" o que aconteceu em Lorien. 

Fecho os olhos e me permito lembrar. Um planeta velho, cem vezes mais velho do que a Terra. Cada problema que a Terra enfrenta hoje {...}, tudo isso Lorien já enfrentou. Em dado momento, vinte e cinco mil anos atrás, o planeta começou a morrer.

E agora falo de Bernie Kosar, um bichinho lindo que dá uma graça toda especial ao livro. Ele é um charme. Um cachorrinho que é muito esperto, fiel e destemido. Eu me encantei com este beagle lindo e fofo. Sam, maníaco por aliens, que acaba se tornando amigo de John, também é um personagem muito bacana. Mas quem arrasa mesmo é a Seis, que aparece apenas no final do livro e salva apele de John diversas vezes (achava que ele seria mais forte, mas...)

Eu tenho que confessar que o livro me decepcionou um pouco, afinal, eu esperava muito mais ação e perseguição do que teve (que foi muito pouca, apenas no começo e final do livro). E algo que eu não esperava que neste livro teve um peso muito grande: romance. É! Eu também fiquei surpresa! Não é nada que estrague a estória, mas este fato me desagradou um pouco. Acontece que John conhece Sarah e se apaixona perdidamente. Ele tem que enfrentar o ciúmes de Mark James (e muitos outros probleminhas), mas não está nem aí (mesmo se expondo de maneira perigosa), tudo o que quer é ficar ao lado da garota mais linda que já viu. 

Sarah dá certo propósito à nossa fuga, uma razão que transcende a mera sobrevivência. Uma razão para vencer.  

Outro fator que me deixou um pouco frustada foram as descrições de Henri e John, pois simplesmente elas são vagas demais. Apesar disso tudo, o livro guarda uma supresa, e o final reserva boas cenas de aventura e ação, e termina de forma emocionante e instigante. Ufa! Sei que deixei passar muitas coisas, e claro, não quero ser estraga prazeres e deixar um monte de spoilers por aqui, por isso finalizo a resenha dizendo que este livro não superou minhas espectativas, pelo contrário. Eu gostaria que o livro tivesse sido mais empolgante e diferente, mas o livro acabou sendo apenas como tantos outros. 

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Audrey Santos

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